As contas do Balanço são classificadas em diversos grupos e subgrupos. São eles:
I – Ativo Circulante: Fazem parte deste grupo os valores disponíveis ou realizáveis até o término do exercício seguinte. Ele é composto pelos seguintes subgrupos:
a – Disponibilidades: “Valores disponíveis que estão ao nosso imediato alcance, tal como dinheiro no cofre. Conjunto de valores representado, essencialmente, pelo dinheiro e pelos títulos que a ele equivalem imediatamente”[1]. Essa é a definição de disponibilidade imediata dada por Lopes de Sá. É esse tipo de disponibilidade que representa esse subgrupo do Balanço.
b – Créditos: São valores referentes às vendas e aos serviços prestados a prazo, deduzidos os valores referentes as duplicatas descontadas e os considerados de difícil recebimento. Essas últimas deduções são feitas através de contas de provisão. Também fazem parte desse subgrupo os adiantamentos feitos aos empregados e fornecedores.
c – Estoques: São os bens prontos para revenda ou em elaboração, assim como as matérias-primas usadas em sua fabricação, deduzidas as provisões para ajuste do valor de estoque. Também fazem parte desse subgrupo os diversos materiais de consumo pertencentes à entidade.
d – Aplicações Financeiras: São recursos financeiros da entidade, aplicados com prazos de resgate determinado, como CDB, RDB, títulos da dívida pública etc., provisionados os devidos ajustes para os títulos e valores mobiliários. Vale lembrar que esses prazo determinado para resgate não pode ultrapassar o fim do exercício social seguinte ao da data de encerramento do Balanço.
e – Despesas do Exercício Seguinte: São “despesas que ainda não ocorreram, mas foram pagas antecipadamente. A sua apropriação ao resultado só ocorrerá no exercício seguinte. De fato, no momento do pagamento, como elas ainda não eram devidas, a característica correta seria de um adiantamento feito à terceiros (como um salário adiantado junto a um empregado), e, nesses termos, geraria para a empresa um autêntico direito junto à pessoa que o recebeu. Daí a lógica de sua classificação no grupo Circulante”[2].
II – Ativo Não Circulante: Este foi um grupo criado pela Lei 11.638/07. Fazem parte dele as contas que dizem respeito aos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte e aquelas que representam a parte do Ativo que não se destina a venda. Fazem desse grupo os seguintes subgrupos:
a – Realizável a Longo Prazo: compõem este subgrupo as contas referentes aos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os valores com prazo de realização incerto, como empréstimos à coligadas, diretores, sócios, controladas etc..
b – Investimentos: São aplicações permanentes em outras empresas e em bens destinados a produzir renda.
c – Imobilizado: São os bens tangíveis destinados à manutenção das atividades da entidade. Após a Lei 11.638/07, os bens em arrendamento passaram a fazer parte deste subgrupo, fazendo valer a regra da “prevalência da essência sobre a forma” nesse caso.
d – Intangível: Este subgrupo foi criado pela Lei 11.638/07. Fazem parte dele as contas referentes aos bens incorpóreos, também necessários a manutenção das atividades da entidade.
e – Diferido: Deixou de existir após a entrada em vigor da Lei n. 11.941, de 27 de maio de 2009. Faziam parte dele as “aplicações de recursos que beneficiavam o resultado de vários exercícios. A Lei previa o diferimento dessas despesas porque as receitas correspondentes só seriam geradas futuramente, e o seu lançamento como despesa total do período em que ocorriam distorcia o resultado operacional”[3]
Eden Torres Alves @edentorres_contador Contato: edentorres@hotmail.com
[1] LOPES DE SÁ Dicionário de Contabilidade: 2005, p. 161.
[2] ARNALDO REIS Demonstrações Contábeis: 2006, p. 52.
[3] ARNALDO REIS Demonstrações Contábeis: 2006, p. 54. Alterações do tempo realizadas pelo autor do blog.
Comentários
Tenho pesquisado bastante sobre a estrutura do Balanço Patrimonial, e tenho tenho conseguido bastante conteúdo teórico tanto sobre a extrutura como os grupos, subgrupos e as contas pertencentes a cada grupo e subgrupo, mas a parte prática exemplificando as diversas classificações das contas, ficam vagas.
Então é uma sugestão que dou, que dentro de cada conteúdo teórico possam trazer exmplos práticos para facilitar o entendimento.
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ola ingrid boa tarde
tenho dificuldade em alguns topicos do balanço eu não
consigo entender Ativo permanente, operacional e flutuante,
vc tem alguma dica?
agradeço
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muito bom.
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Muito obrigado, me ajudou na minha pesquisa
da faculdade.
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pODE ME ENVIAR TUDO DE NOVO QUE ESTÁ ACONTECENDO NA CONTABILIDADE
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mE MANDE TUDO A RESPEITO DE CONTABILIDADE
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ÓTIMA ESSA MÁTERIA
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Sou iniciante nos estudos de finanças, que me parece um bicho de sete cabeças… Mas estes textos me ajudaram um pouco.
Grata!
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Sou iniciante em finanças e este texto complementou de forma certa as aulas e as minhas dúvidas.
Obrigada
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Muito bom o site .gostaria de manter-me atualizada com informações.
Desde já agradeço .boa noite
Um abraço
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Sou iniciante em Finanças, o site é muito bom.
Obrigada
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TAMBEM ESTOU FAZENDO FINANÇAS OBRIGADO
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Esta matéria me ajudou muito na minha cadeira de contabilidade, quero estar sempre atualizada. Indico!
Grata,
Luana Coracini
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Na faculdade que curso, eles pediram através de uma atividade para elaborar uma estrutura básica do balanço patrimonial com grupos e subgrupos,mas não sei nem por onde começar, me ajudem, é urgente!
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Muito obrigado
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Sou estudante do curso técnico em administração pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, (IFNMG) e esta matéria foi de grande valia para a formação dos meus conceitos.
Muito obrigado.
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Agradeço sua visita ao meu blog. Em breve, teremos novidades. Abraços.
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